Em Matriz de Camaragibe, Alagoas, uma área de reserva ambiental tem demonstrado o sucesso do consórcio de cacau com bananeiras, apresentando um modelo agroflorestal que otimiza o uso da terra e gera benefícios tanto para agricultores quanto para o meio ambiente.

Este sistema inovador permite a colheita de bananas, enquanto o cacau se desenvolve, contribuindo para o reflorestamento, o cacaueiro, que leva de três a quatro anos para começar a produzir, é plantado com um espaçamento médio de 2,5 a 3 metros entre as bananeiras e para saber quando o cacau esta perfeito e maduro é preciso observar seu ponto brix, que é quando ele está com uma coloração amarelo, cor de ouro.

A bananeira não só oferece um retorno financeiro enquanto o cacau está amadurecendo, mas também nutre o cacau, que é capaz de absorver a seiva e nutrientes da bananeira. Além disso, o cacau se adapta com sucesso ao consórcio com coqueiros.

"Hoje aqui a gente não extrai, não tira cacau daqui para fazer fruto, para fazer chocolate, os cacaus daqui só são utilizados para as visitações quando vem algum visitante para chupar o cacau ou para fazer mudas de cacau para fazer reflorestamento, respeitando assim ao cumprimento das regras da Reserva Particular do Patrimônio Natural", disse Ramon Dantas, presidente da CoopCacau.

Este modelo de consórcio em Matriz de Camaragibe exemplifica como a agricultura sustentável pode conciliar a viabilidade econômica para os produtores com a conservação ambiental.

A iniciativa serve como um importante referencial para práticas agrícolas integradas, demonstrando um caminho promissor para o desenvolvimento rural e a biodiversidade local.

*Estagiário sob supervisão