Agro
Tarifa dos EUA pode fazer café solúvel do Brasil perder espaço para o México
Entre os efeitos negativos do tarifaço, a entidade cita uma eventual perda de mercado para o México, segundo maior fornecedor de café solúvel do mundo

A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) disse estar preocupada com os possíveis impactos trazidos pela aplicação da tarifa de 50% nas importações dos EUA dos cafés solúveis do Brasil.
Entre os efeitos negativos do tarifaço, a entidade cita uma eventual perda de mercado para o México, segundo maior fornecedor de café solúvel do mundo. O entidade lembra que o produto brasileiro está em desvantagem, já que EUA e México acertaram em 31 de julho uma pausa nas tarifas por 90 dias.
“A Abics está, juntamente com as demais associações e entidades ligadas ao agronegócio café, em estreito contato com nossa contraparte, a National Coffee Association (NCA), além das autoridades brasileiras, esperando que o diálogo e as negociações entre as duas nações resultem na isenção de tarifas para todos os cafés do Brasil, em suas formas in natura e industrializados”, disse a entidade, em nota.
A Abics destacou também que, com a importação de 780 mil sacas de 60 kg do produto, os Estados Unidos responderam por aproximadamente 20% do total das exportações brasileiras do segmento em 2024 e se posicionaram como o principal parceiro comercial do café solúvel brasileiro.
Além disso, o café solúvel brasileiro responde por mais de 25% do volume importado pelos EUA, sendo o segundo maior fornecedor a esse mercado.
“Diante da ordem assinada pelo presidente Trump, o Brasil, entre os principais fornecedores do produto aos Estados Unidos, é o país que sofrerá a maior tarifa, o que deverá prejudicar sobremaneira a nossa competitividade”.
