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Presidente da STAB-Leste destaca excelente desempenho da cana no estado durante terceiro dia de Simpósio da Cana-de-Açúcar em Alagoas

Painel apresentado durante o evento trouxe dados médios da safra 2024/25 em Alagoas e destacou o maior ATR no estado em 15 anos

Por BCCOM Comunicação 10/07/2025 15h03
Presidente da STAB-Leste destaca excelente desempenho da cana no estado durante terceiro dia de Simpósio da Cana-de-Açúcar em Alagoas
Cândido Carnaúba, presidente da STAB-Leste - Foto: BCCOM Comunicação

Mais uma etapa do XL Simpósio da Cana-de-Açúcar de Alagoas, promovido pela Sociedade Brasileira dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros - Regional Leste (STAB-Leste) e que está acontecendo no Centro de Convenções de Maceió, foi realizada na manhã desta quinta-feira, 10. Desta vez, foi feita a avaliação de produtividade das diferentes variedades de cana presentes no estado. O painel contou com a presença de companhias de melhoramento genético da cana-de-açúcar e de representantes das usinas de Alagoas, que apresentaram dados médios da safra 2024/25.

O presidente da STAB-Leste, Cândido Carnaúba, abriu o painel. Ele apresentou dados não só do senso varietal, mas de diversos outros fatores, desde produtividade e do índice de ATR (Açúcares Redutores Totais) - que foi o melhor desde 2010 e conseguiu compensar as perdas da safra - até a comercialização e o preço dos produtos.

“O que nós podemos dizer é o seguinte: nessa safra 2024/25, nós tivemos o melhor ATR dos últimos 15 anos. Foi uma performance muito boa das nossas unidades industriais, que tiveram com isso uma produção e uma produtividade muito grande, com um faturamento também muito parecido com o do ano passado, mesmo com 2 milhões de toneladas a menos. Foi uma safra de excelente desempenho”, afirmou.

Cândido também também destacou que as modificações feitas na cana-de-açúcar estão fazendo com que as variedades mais antigas sejam substituídas pelas mais novas. Isso também deu uma ajuda nessa performance. “Nós tivemos um ATR médio de 138kg. A gente está falando em torno de 12 a 15kg de açúcar a mais por tonelada de cana. Isso é uma coisa fantástica”, disse.

Fatores climáticos também foram decisivos. “A falta de chuva também influencia nisso, a cana amadurece mais rápido. Quando você começa a ter mais chuva, mais precipitação, há uma diluição do açúcar na cana. A cana absorve a água e dilui o açúcar, então baixa um pouco (o ATR)”, afirmou.

Alguns programas de melhoramento genético foram apresentados durante o painel, como o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), com sede em Piracicaba, São Paulo, e polo industrial na Usina Caeté. A entidade avaliou como as diferentes variedades de cana de seu portfólio - algumas já consagradas no Nordeste, como a CTC 9004 e a Tecna 29V4, para safra tardia - estão se adaptando ao solo alagoano.

“Apresentamos como está estruturado o programa de melhoramento genético do Nordeste, e o que ele já está gerando de resultado - todos promissores -, trazendo um posicionamento prévio e alguns resultados experimentais que serão conduzidos ao longo da próxima fase. Atualizamos também o que está por vir, todos os pontos em que plantamos este ano e fechamos reafirmando nosso posicionamento com as variedades aqui do Nordeste”, afirmou Rodrigo Brambilla, desenvolvedor técnico de mercado da CTC.

A troca de conhecimento e a programação do Simpósio seguem até dia 11 de julho, no Centro de Convenções de Maceió. As inscrições podem ser feitas no local.