O diretor técnico da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas – Asplana, Antônio Rosário, afirmou que a expectativa para o ciclo 23/24 é de um bom começo de safra, com o setor contando com um canavial bem desenvolvido no campo.

“Pelos plantios de inverno e de verão, além da cana colhida no início de safra, se tivéssemos que fazer uma estimativa, iriamos para 23 milhões de toneladas de cana processadas. Mas tudo vai depender do verão. Contudo, acredito que, no mínimo, a gente deve repetir os números da safra atual que foi de 20,8 milhões de toneladas”, afirmou Rosário.

De acordo com o diretor da Asplana e pesquisador do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar (PMGCA), além da questão climática, outro fator que pode levar o setor a repetir a moagem no próximo ciclo seria um problema com a cana de final de safra.

“Tem usinas, que tem 30% da área moída a partir de março até maio. Então, quem moeu neste período pode ter a produtividade comprometida. Mas já é um problema que está sendo debatido. Quem tem irrigação, por exemplo, já deve começar a fazer em setembro, além de serem tomados outros cuidados com uma adubação complementar para que possamos ter um nível aceitável e sem grandes problemas na safra”, reforçou Rosário.

Fornecedor

Segundo o diretor da Asplana, na safra 22/23, os fornecedores foram responsáveis por uma moagem de 9,2 milhões de toneladas de cana. “Ter alcançado este patamar foi muito importante. Os fornecedores estão investindo em tecnologias. Tudo começa com o preço. Afinal, tendo preço, tem liquidez e daí as coisas começam a fluir bem melhor”, destacou Rosário.

De acordo com ele, diante de um cenário otimista, os investimentos vêm sendo realizados em novas variedades de cana, insumos e na renovação dos canaviais. “Afinal, temos casos de produtores que haviam desistido da cana, tendo optado pela pecuária e eu agora estão retornando para a cana”, finalizou.