O programa "Na Rota da Merenda Legal" já realizou duas etapas nesse ano de 2023 e ambas obtiveram sucesso de público, com palestras importantes sobre agricultura familiar, exposições de produtos de cooperativas e presenças notáveis, como as do prefeito do município de Pilar, Renato Filho, e da cidade de União dos Palmares, Kil de Freitas.

O "Rota" se consolida como agente importante para o cultivo, compra e venda de produtos naturais, principalmente, de produtores e agricultores do estado, além de parcerias com instituições como o Sebrae e o governo de Alagoas, através das secretarias de educação Seduc e de agricultura Seagri. 

Dentro das escolas municipais e estaduais, o "Rota" age ensinando o quão importante é ter uma merenda balanceada e saudável, adquirida dos produtores das cinco regiões dos estados. Nesse ano a distribuição acontecerá por meio de um chamamento público com o investimento de R$ 7,5 milhões dividido em 17 itens que compões a agricultura familiar.

"A gente sabe da importância dessa centralização, da qualidade da alimentação a segurança alimentar dos nosso estudantes, e isso acaba proporcionando uma qualidade maior de ensino para esses estudantes e a colaboração entre setores." explica Sueleide Barbosa, Secretária Especial de Gestão da Rede Estadual de Ensino (SEDUC).

Beneficiados

Um desse agricultores que foi contemplado pelo edital de 2022 foi seu Geraldo, que distribui produtos pela região da Zona da Mata. "Vender para o governo é bom por causa de vários aspectos: estamos levando mercadorias de qualidade para escolas e o pagamento também é feito com facilidade. Levou a nota para o gestor da escola e ali a gente já recebe o nosso pagamento. Depois disso a gente já faz o repasse para o agricultor. É importante existir esse movimento porque a gente ajuda o agricultor lá na roça retirar a mercadoria dele, também leva uma mercadoria de qualidade, saudável para que meu filho, o filho do vizinho possa comer e tudo isso num preço justo." constata.

O projeto também é um grande incentivador para que trabalhadores do campo continuem exercendo suas funções sem que haja êxodo rural em busca de outras alternativas. "A gente trabalha produzindo o ano todo e tem o momento que a gente quer vender o nosso produto, então quando eu chego na roça e vejo o produto dele lá há uma necessidade de haver onde vender, então o governo se torna mais uma porta para que a gente possa expandir a agricultura familiar." reflete o agricultor.

Através da realidade que hoje se vê no campo com a ajuda desse investimento, a profissão se torna possível para as próximas gerações dos familiares desses trabalhadores. Uma tradição que vem se estabelecendo entre jovens agricultores também, que enxergam no trabalho rural a realização profissional. "Meus dois filhos estão se formando no ensino médio e antes não pensavam em agricultura como profissão, mas hoje através dessa expansão a gente vem produzindo mais, vendendo pro governo, eles passaram a ver a agricultura de outra forma. Porque quando a gente tá dentro de um ambiente e não vê saída, a gente tem que buscar escapatórias e ter esse apoio do governo, das escolas, comprando nosso produtos nos fortalece." finaliza.