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Deputado do PT irá presidir a Conab

Cientista político afirma que governo não priorizou a produção agropecuária

Por Redação 06/01/2023 14h02
Deputado do PT irá presidir a Conab
Edegar Pretto (PT) foi candidato ao governo do Rio Grande do Sul e vai assumir a presidência da Conab. - Foto: Reprodução/Internet

Derrotado nas urnas no ano passado, quando não conseguiu ir ao segundo turno da eleição para o governo do Estado do Rio Grande do Sul, o deputado estadual gaúcho Edegar Pretto (PT) foi confirmado como novo presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O anúncio oficial será feito nesta sexta-feira, 6 de Janeiro de 2023, em Brasília pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Edegar Pretto é um histórico parceiro do MST (Movimento dos Sem Terra), tendo diversas vezes apresentado projetos e ações favoráveis aos ativistas. O pai do petista, o ex-deputado Adão Pretto (falecido em 2009) foi um dos fundadores do movimento.

Em discurso feito durante o 16º Encontro Estadual do MST no RS, Pretto afirmou que o movimento “tem o reconhecimento das instituições e continua sendo um ponto de referência da classe trabalhadora brasileira”. Na ocasião, o agora presidente da Conab participou das discussões dos projetos e linhas de ações internas que definem a atuação do MST.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é uma empresa pública, com sede em Brasília (DF) e atua na fornecendo ao Governo Federal informações técnicas para “embasar a sua tomada de decisão quanto à elaboração de políticas voltadas à agricultura”, de acordo com informações da própria entidade. Anteriormente vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Conab passa agora a estar subordinada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

De acordo com Paulo Moura, cientista político, “a escolha do nome indica que a prioridade do PT é o MST, e não a produção agropecuária. Lula está montando um governo de esquerda e de políticos, ao contrário de Bolsonaro que priorizou critérios técnicos e foi um governo pró-mercado. Esse governo está contratando uma crise logo ali na frente”.

*Com informações do AgroLink