Agro

Venda direta de etanol reduz preço nos postos de AL; veja como ficou

Dados foram fornecidos pelo gerente de mercado da Usina Caeté

Por Vinícius Rocha e Afrânio Aquino 03/03/2022 19h07 - Atualizado em 03/03/2022 19h07
Venda direta de etanol reduz preço nos postos de AL; veja como ficou
Venda direta de etanol reduz preço nos postos de combustíveis; veja como ficou - Foto: Jornal de Alagoas

A Usina Caeté, em São Miguel dos Campos, distante 57 km de Maceió, já fornece o etanol direto para os postos de Alagoas. Em menos de sete dias desde a abertura da venda direta, ao menos 30% dos postos de bandeiras brancas já estão cadastrados para a compra junto à usina.

De acordo com André Bulhões, gerente de mercado da Caeté, o etanol hidratado (que vai direto para o tanque de combustível), está sendo vendido em Maceió, Arapiraca, Penedo, Palmeira dos Índios e na própria São Miguel dos Campos.

“Essa procura nos surpreendeu. Os postos de bandeira branca são 40% dos postos de todo o estado e pelo menos 30% desse universo compra direto conosco. Não imaginávamos que em tão pouco tempo tivéssemos uma adesão desse tamanho. Isso mostra que o projeto é interessante para a usina e para o comprador também”, analisou Bulhões.

Competitividade


Hoje já há alguns postos com preços mais baixos, tornando o produto competitivo. De acordo com informações colhidas pelo Jornal de Alagoas, o combustível já pode ser encontrado por até 20 centavos mais barato do que a média. Isso só é possível porque a venda direta permite uma redução de custos para o consumidor, além da redução na carga tributária, proporcionada pelo governo estadual.

Ainda de acordo com Bulhões, menos de 15% do volume total de etanol produzido em Alagoas permanecem no estado. “Quando se proporciona a melhoria e condições para a venda desse produto, ele permanece em Alagoas e traz benefícios para toda a cadeia”, informou.

Próxima safra


O projeto, ainda está em fase de instalação e adaptação, e a Usina Caeté pretende, a partir da próxima safra, levar o combustível direto para os postos de gasolina. Hoje, os postos que têm veículo próprio vão até a usina para realizar o abastecimento.

“Tem que ser uma decisão viável para toda a cadeia, o que acontece é que o posto está vindo buscar aqui na usina. Foi a primeira opção inicial nossa, no começo do processo. Mas estamos organizando a nossa logística para que a partir da próxima safra nós já tenhamos condições de entregar o produto no posto”, finalizou Bulhões.