Apesar da expectativa das unidades industriais do setor sucroenergético, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) adiou votação para a volta da taxação sobre o etanol importado.

O assunto deverá ser apreciado pelo colegiado na próxima reunião da Câmara, prevista para o dia 17 de junho. “A posição dos diversos ministérios na Camex não está unificada. Por isso, o tema voltará a pauta na próxima reunião. Isso nos preocupa por abrir mais tempo para a entrada do etanol importado”, declarou o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira de Melo.

Segundo ele, é essencial que o imposto sobre o biocombustível comprado pelo governo brasileiro possa ser cobrado antes do início da próxima safra. O produto importado teve a tarifa zerada em 2013.

Os nordestinos defendem a volta da tarifa original de 20%, enquanto os do Sul e Sudeste pedem uma taxa de 16%. Já o Ministério da Agricultura emitiu nota técnica sugerindo taxação de 17%.

De acordo com o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Camex, a proposta de alteração da alíquota referente a “álcool etílico” (etanol) teve a decisão adiada para aprofundamento das discussões.

Para o setor, a concorrência desleal de negociar com o etanol de milho dos EUA é muito ruim para os produtores brasileiros, principalmente do Nordeste, por onde entra o biocombustível importado.