Política

Desistência de Téo ‘muda’ cenário das eleições de Alagoas, diz especialista

Marcelo avalia que as eleições deste ano podem ser uma das mais disputadas de Alagoas.

Por Redação com edivaldojunior.com.br 18/02/2018 08h08
Desistência de Téo ‘muda’ cenário das eleições de Alagoas, diz especialista

 

Professor, empresário, escritor, Marcelo de Melo Bastos é considerado hoje um especialista em eleições em Alagoas.

Em reportagem na Gazeta de Alagoas deste final de semana, Marcelo avalia que as eleições deste ano podem ser uma das mais disputadas de Alagoas.

Em áudio enviado ao blog, Marcelo avalia o cenário atual e aponta possibilidades. Ele começa pela desistência de Téo Vilela, fato que “facilita” a vida de Rui Palmeira, como registrei aqui.

Com o ex-governador fora do páreo, o especialista acredita que cresce a importância Marx Beltrão (MDB), pré-candidato ao Senado. Em sínteses, Marcelo acredita que ele o atual ministro do Turismo poderá ser cortejado nos próximos dias tanto pelo grupo de Renan Filho quanto pelo grupo de Rui Palmeira.

Afora isso, Marcelo aposta nas composição das chapas. Ele avalia que Renan Filho será candidato à reeleição, ao lado de Renan Calheiros (destacando para o ineditismo de pai e filho disputarem juntos uma eleição, o que poderia ser um complicador eleitoral) e de Marx Beltrão para Senado. Já a outra chapa seria formada por Rui Palmeira, Benedito de Lira e Maurício Quintella.

Quanto aos vices, Marcelo acredita que Luciano Barbosa deverá ser confirmado na chapa de Renan Filho – se não houver necessidade de última hora para ampliar a aliança político-eleitoral e recomenda Rodrigo Cunha para vice de Rui Palmeira: “ele teve boa votação em Maceió e é de Arapiraca, reunindo portanto as melhores condições para somar como vice”, disse.

Disputa

O embate, avalia Marcelo, se confirmada a entrada de Rui Palmeira da disputa pelo governo do Estado tende a ser acirrado. “Se confirmada essa decisão do Rui de ser candidato nessas eleições em 2018, nós vamos ter, com certeza, nesses dois últimos 32 anos em Alagoas, uma das disputas, eu acredito, mais acirradas”, afirma.

Apesar disso, Marcelo parece concordar com as pesquisas eleitorais e aponta Renan Filho como favorito na disputa – por tudo que já se sabe. Ele é governador, tem a máquina a seu favor, vem fazendo pré-campanha há alguns meses, tem forte presença e apoio na capital e no interior, além do apoio do maior número de partidos e de lideranças políticas.

O especialista explica que o eventual candidato de oposição, Rui Palmeira, terá um palanque forte: “Rui, é bom lembrar, tem uma frente de grandes partidos que estão aliados a ele: PSDB, DEM, PP, o PR. Isso vai trazer uma musculatura na sua campanha, na sua candidatura, com um tempo bastante considerado no guia eleitoral, apesar de o guia não ter mais a importância que teve. Hoje, as redes sociais estão muito mais fortes, mas não deixa de ter a sua importância”.

Do outro lado, destaca Marcelo Bastos, “nós temos o governador Renan Filho, que além de estar bem avaliado nas pesquisas eleitorais, está bem avaliada a sua gestão. É bom lembrar que a eleição é a fotografia do momento. O cenário hoje é um e um fato pode ser determinante para a vitória ou a derrota de um candidato”.

A desistência de Teotonio Vilela Filho de concorrer ao Senado deixa Rui livre, afirma Marcelo Bastos. “Ele [Rui] estava engessado, porque se o Téo fosse candidato, quer queira quer não, uma vaga era dele, porque até um dia desses ele era presidente do PSDB. A saída dele vai ajudar a vida do Rui, que pode ampliar a sua base de apoio. Vamos imaginar que ele pode trazer o Marx Beltrão para ser um dos candidatos ao Senado do grupo dele, que pode ampliar sua base de apoio. Mas se o Marx de repente não vem, ele vai fazer uma coisa importante: acomodar os seus próprios correligionários. Acalmar e acomodar, por exemplo, a vida do Maurício Quintella, e do Biu”