Economia

ICMS de Alagoas chega a R$ 323 milhões em agosto

A arrecadação teve alta após forte queda durante o mês de julho

Por Blog do Edivaldo Junior 06/09/2019 17h05
ICMS de Alagoas chega a R$ 323 milhões em agosto
Reprodução

A crise na Braskem continua impactando negativamente a receita tributária de Alagoas. Mas, segundo avaliação da Secretaria da Fazenda do Estado, os danos foram atenuados em função da retomada parcial da operação da empresa em Maceió.

Embora tenha parado a fabricação de cloro e soda, a empresa estaria importando a matéria-prima de outros países, o que ajuda a manter parte da operação na fábrica de Maceió e plenamente a operação da fábrica de PVC no polo de Marechal Deodoro.

Nesse cenário, a arrecadação de ICMS do Estado em agosto registrou uma leve alta, após uma forte queda em julho.

No mês passado, segundo dados prévios, a receita de ICMS de Alagoas chegou a R$ 323,09 milhões, uma variação de 3,93% na comparação com igual mês de 2018, quando foram arrecadados R$ 310,8 milhões.

O resultado do mês supera a inflação acumulada em 12 meses (IPCA de 3,16%). No entanto, o resultado segue negativo ao se comparar o ICMS acumulado no ano. De janeiro até agosto de 2019, a receita com este imposto foi R$ 2,656 bilhões, com variação de 2,93% na comparação com igual período de 2018, quando a receita acumulada atingiu R$ 2,580 bilhões.

Avaliação

O secretário da Fazenda, George Santoro, fez uma avaliação sobre o comportamento do ICMS para o Blog do Edivaldo Júnior.

Embora positivo, o resultado não foi melhor, avalia o secretário, porque os setores de combustíveis e energia tiverem desempenho abaixo do esperado.

Para os próximos meses, George Santoro espera um crescimento maior da receita. “A expectativa é melhorar nos próximos meses. O movimento (vendas) cresceu bem no comércio, 19% (dados do IBGE). Além disso estamos esperando uma boa temporada no turismo, que está voltando a aquecer”, aponta.

Além disso, Santoro também está otimista com o início da safra de cana-de-açúcar. “A safra vai crescer e as usinas vão voltar a contratar pessoal”, afirmou. 

Quanto ao setor da química e do plástico, que reponde por quase 10% do PIB de Alagoas, Santoro diz que foi um alento o desempenho no mês passado: “estava vindo ruim, mas a Braskem voltou (com importações). Reduziu, mas está arrecadando”, pondera.