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Após 15 meses de exposição negativa, PF diz que Renan não obstruiu Lava Jato

Apesar da exposição negativa na mídia, durante todo esse tempo, o senador, recebeu sem açodamento a decisão da PF: “vida que segue”

Por edivaldojunior.com.br com Edivaldo Júnior 23/07/2017 09h09
Após 15 meses de exposição negativa, PF diz que Renan não obstruiu Lava Jato

A delação de Sérgio Machado foi homologada em maio de 2016. O caso ganhou repercussão principalmente pelos grampos que o ex-presidente da Transpetro fez de conversas privadas com José Sarney, Romero Jucá e Renan Calheiros.

Nessa sexta-feira, 21, a Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal relatório conclusivo da investigação sobre suposta tentativa de obstrução da Operação Lava Jato. No relatório, de 59 páginas, a PF conclui que não houve crime de obstrução.

Pelas redes sociais, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a “essa decisão da PF mostra que réus desesperados pela redução de pena e para lavar dinheiro público roubado não podem acusar sem provas”.

Renan disse, ainda, que “além da violação à minha intimidade e da minha família, fiquei exposto na mídia e até pediram a minha prisão quando exercia a presidência do Senado. O saudoso ministro Teori negou o pedido. Mas, com base nessa mesma gravação, o ministro Marco Aurélio tentou me afastar da presidência do Senado e da linha sucessória da presidência da República por liminar (ferindo o Legislativo e a Democracia), mas o plenário do STF reparou o abuso no dia seguinte”.

Apesar da exposição negativa na mídia, durante todo esse tempo, o senador, recebeu sem açodamento a decisão da PF: “vida que segue”, concluiu.

O relatório da PF foi revelado, em primeira mão, pelo G1. Veja a reportagem:

PF conclui inquérito e não vê crime de obstrução de Renan, Jucá e Sarney

A Polícia Federal enviou nesta sext30a-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal relatório conclusivo da investigação sobre suposta tentativa de obstrução da Operação Lava Jato pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e pelo ex-senador e ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP).

No relatório, de 59 páginas, assinado pela delegada Graziele Machado da Costa e Silva, a Polícia Federal conclui que não houve crime de obstrução. Para a PF, a eventual intenção não pode ser considerada crime, e, portanto, os políticos não cometeram atos de obstrução da Justiça.

A PF avaliou gravações de diálogos feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Operação Lava Jato. Numa das conversas, com Romero Jucá, o senador sugere a mudança do governo a fim de viabilizar um pacto para “estancar a sangria” representada pela Lava Jato.