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Oficina de sensibilização da microcefalia vai mobilizar gestores municipais

Por Agência Alagoas 01/07/2017 09h09
Oficina de sensibilização da microcefalia vai mobilizar gestores municipais

Gestores dos municípios alagoanos participarão de oficinas para sensibilização de estratégias de fortalecimento da atenção integral às crianças com infecção congênita associada às sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes e ao vírus Zika.
 
O evento será realizado na segunda (3) e terça-feira (4), das 8h30 às 17h, no prédio de Pós-Graduação do Centro Universitário Cesmac, na Rua Cônego Machado, bairro Farol, em Maceió.
 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) irá apresentar o perfil epidemiológico da microcefalia em Alagoas e os protocolos emergenciais de vigilância aos casos da doença relacionados ao vírus transmitido pelo Aedes aegypti.

A supervisora de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Sesau, Renata Bulhões, ressaltou a importância de tratar as informações sobre o assunto com bastante responsabilidade, visto que tudo ainda é muito novo.
 
“Estamos aqui, unindo forças com o Ministério da Saúde (MS) e os gestores dos municípios de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e União dos Palmares, para trabalharmos na execução do Protocolo de Enfrentamento e Atenção integral à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika. Ele prevê a mobilização desses profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê”, destacou Renata Bulhões.
 
Segundo ela, o principal objetivo do Protocolo é orientar as ações para a atenção às mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas submetidas ao vírus Zika e aos nascidos com microcefalia. Este plano recomenda, ainda, as diretrizes para o planejamento reprodutivo, a detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia e a reabilitação das crianças acometidas pela malformação congênita.
 
“O Plano é um desenho dentro desses municípios, para identificarmos o que precisamos realizar, com o propósito de não perder o acompanhamento de nenhuma dessas crianças”, ressaltou. Ela acrescentou que, atualmente, existem 115 crianças com microcefalia em Alagoas e 44 com outras alterações neurológicas.
 
“E não é só a microcefalia. Existe, ainda, a baixa acuidade visual e auditiva e a deformidade de membros inferiores e superiores. É por isso que é tão importante as equipes intensificarem a busca ativa de gestantes para o início oportuno do pré-natal e acompanhamento dos nascidos com essa condição neurológica”, completou.
 
Dentre os presentes na oficina, Renata Bulhões destacou a diretora da Criança do Ministério da Saúde, Mônica Macal, além de duas apoiadoras da Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis, que visa fortalecer o conjunto de esforços em todo o país para articulação, interação e implantação de ações voltadas à saúde da mulher e da criança até seis meses da vida, designada no Brasil como ‘Primeira Infância’.
 
Após os planos de intervenção com os gestores, a equipe da Sesau irá até os municípios para observar como está sendo desenvolvida a atenção às crianças com infecção associada às STORCH ou vírus Zika e suas famílias.