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Operação Placebo desarticula esquema de distribuição de remédios

Esquema utilizava moradores de rua como

Por Redação JAL com Agências 20/07/2018 17h05
Operação Placebo desarticula esquema de distribuição de remédios
Ascom MP/Arquivo

Quadrilha de distribuição de medicamentos que foi deflagrada durante a Operação Placebo, no começo dessa semana em Alagoas, Bahia e Sergipen usava moradores de rua e corroceiros como "laranjas". A informação foi divulgada nesta sexta-feira (20), durante coletiva de imprensa, na sede do Ministério Público de Alagoas.

O Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Conta Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf) do Ministério Público de Alagoas, relataram que para lavar o dinheiro da quadrilha e tentar escapar das fiscalizações, os acusados pagavam pelos dados pessoais e assinaturas dos moradores de rua e carroceiros. Investigações apontaram que em Alagoas, umas dessas pessoas em situação de rua recebeu a quantia de R$ 100 para assinar documentos como se fosse dono de uma empresa avaliada em cerca de R$ 100 milhões.

O envolvimento de servidores públicos foi comprovado no esquema criminoso que lesou os cofres públicos em quase R$ 197 milhões em sonegação de impostos, multas, juros e correção monetária.

No total, 23 carretas com medicamentos pertencentes a Alagoas e nove veículos de luxo foram apreendidos. O Ministério Público aguarda a liberação dos remédios, por parte da 17ª Vara Criminal da Capital, para serem distribuídos nas unidades de saúde do estado.

Oito madados de prisão foram cumpridos, em Alagoas e em Sergipe, duas pessoas ainda estão foragidas.

Foram presos em Alagoas o auditor-fiscal Carlos Antônio Nobre e Silva, os testa-de-ferro Márcio André de Lira e Erasmo Alves da Silva Filho e o contador Benedito Alves dos Santos, Vanessa Veras Ribeiro e Jenisson Paulino da Silva Ribeiro.

Na Bahia, no municipio de Feira de Santana, havia mandados de prisão em desfavor das empresárias Maria Edenilce Monteiro dos Santos e a filha, Silvia Santos Borges, ambas foragidas.

Das trinta empresas investigadas suspeitas de participar da organização criminosa, dos 26 sócios, 10 eram "laranjas".